Há dias, numa revista da ilha Terceira – Horizonte Magazine, Junho de 2009 – o Engenheiro Joaquim Pires abordava com propriedade a temática da Carne de Bovino dos Açores e referia: “os Açores possuem um efectivo de cerca de 100 000 vacas leiteiras da raça Holstein-Frísia, exploradas maioritariamente na vocação leiteira e mais de 30 000 de outras raças. Recentemente foram realizados trabalhos experimentais (…) resultantes do cruzamento de vacas Holstein-Frísia com touros de raças especializadas de carne – Charolesa, Limousine, Simmental e Angus, avaliando-se o seu valor na pastagem desde o nascimento até ao abate (…) e toda a informação recolhida tem servido, como base para divulgação técnica junto dos agricultores e projectar a evolução que se pretende.”
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| Dois Exemplares de Simmental Fleckvieh |
Discorre depois sobre toda a evolução na agropecuária açoriana: mais elevada higiene e controlo sanitário, na Rede Regional de Abate; elevada tecnologia no serviço de melhoramento animal; incentivos governamentais para utilização de alta genética; medidas fixas de rastreabilidade total; vigilância à qualidade das matérias-primas utilizadas no processo produtivo e aos produtos agro-alimentares (…) evidenciando-se uma efectiva transparência desde o campo à mesa, garantindo uma permanente segurança alimentar e conclui: “A valorização da Carne Açores é também dotada do estatuto de Indicação Geográfica Protegida, sistema comunitário que (…) reconhece a nossa carne como um produto de autêntica qualidade, que resulta por um lado, do clima ameno, propício à existência de pastagens (…) e, por outro, dos conhecimentos, da formação e dos apoios públicos (…) que elevam os Açores aos mais distintos patamares de modernidade na Europa”.
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| Um exemplar da raça Charolesa |
Como que em corolário deste apontamento, soube-se agora que “A União Europeia atribuiu, por unanimidade, o estatuto de “Ilhas com Efectivo Bovino Oficialmente Indemne de Brucelose Bovina” às ilhas do Faial e Santa Maria, passando assim a Região Autónoma dos Açores a contar com seis ilhas oficialmente indemnes de Brucelose Bovina, contando com Graciosa, Pico, Flores e Corvo” o que atesta “o trabalho desenvolvido pelo Governo dos Açores e pelos produtores regionais, no cumprimento do Plano de Erradicação da Brucelose Bovina, fazem com que os resultados obtidos nos Açores sejam considerados por todos os interessados como um exemplo na erradicação desta doença.” Para qualquer cidadão atento mas menos familiarizado com esta temática, somos levados a concluir que muito se tem trabalhado e bem, neste sector, também na nossa ilha e os resultados surgem quando existe empenho e profissionalismo, aliados à correcta implementação das políticas desenvolvimentistas para toda a agropecuária açoriana.
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| Prolongamento até à orla costeira |
Ainda bem. No mesmo sentido interpretamos a deliberação do Conselho do Governo de 1 de Julho, ao “Autorizar a celebração de contratos plurianuais entre a Região Autónoma dos Açores e a Administração dos Portos do Triângulo e do Grupo Ocidental, S.A. (APTO, S.A.) – 2009 e 2010 – para a realização dos procedimentos necessários à execução das obras de execução do acesso de serviço ao quebra-mar da protecção costeira das Lajes do Pico, cujo porto está na respectiva jurisdição. Sem mais comentários e encontrada a forma que irá potenciar a indispensável celeridade de procedimentos, esperemos que no próximo ano mais este prometido melhoramento faça parte da oferta de melhores condições ao recreio náutico e à indústria de Observação de Cetáceos que, nas Lajes do Pico, encontra uma das mais evocativas bases da história da baleação, sendo aquela que se encontra a menor distância da zona a sul das Lajes, já considerada por muitos entendidos como um verdadeiro “santuário de observação de baleias”.
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